28 maio Sucessão Familiar nos Negócios: Se você fosse avaliar hoje, qual seria a situação da sua empresa?
O momento de pensar em sucessão familiar é único para cada empresa. O melhor jeito é quando pode ser feito com tempo, com a presença do fundador e do sucessor, ambos convivendo e fazendo as respectivas trocas de conhecimentos que farão parte de um novo modelo de gestão. Porém, quando a sucessão precisa se dar de maneira abrupta, é a hora em que a falta de informações e de profissionalização, passa a ter maior impacto no negócio. Vamos aqui hoje nos deter ao processo natural e necessário para Sucessão Familiar.
A avaliação da situação atual da empresa de modo geral e das opções de pessoas para serem os sucessores na família são passos fundamentais para garantir uma transição cuidadosa e bem-sucedida.
Primeiramente, a análise da estrutura atual da empresa é essencial. Isso envolve um exame detalhado de todos os ativos da empresa, incluindo propriedades, equipamentos, patentes, marcas e outros bens tangíveis e intangíveis. Entender o valor e a condição desses ativos não só fornece uma visão clara da saúde financeira da empresa, mas também ajuda a planejar a transição de maneira eficaz. Essa análise é crucial para identificar áreas que precisam de investimentos ou ajustes antes de passar o bastão.
As participações societárias são outro aspecto crítico. Mapear quem são os acionistas ou sócios atuais, suas participações e os direitos de voto associados é essencial para evitar conflitos futuros. É vital entender como essas participações estão distribuídas, especialmente em famílias onde os interesses podem divergir. Um mapeamento claro ajuda a estabelecer acordos específicos e evita disputas que podem surgir durante o processo de sucessão.
A estrutura organizacional da empresa também deve ser avaliada. Compreender a hierarquia existente, os principais cargos e as responsabilidades associadas a cada posição ajuda a identificar lacunas de competência e áreas que precisam de desenvolvimento. Além disso, é importante avaliar o nível de preparação dos potenciais sucessores. Esta avaliação deve considerar suas habilidades, experiências e necessidades de treinamento para garantir que estejam prontos para assumir novas responsabilidades.
A dinâmica familiar é um fator que não pode ser ignorado. As relações entre os membros da família, seus interesses individuais e sua disposição para trabalhar juntos são cruciais para o sucesso da transição. Conversas abertas e transparentes sobre as expectativas de cada membro da família em relação à sucessão e ao futuro da empresa são essenciais. Isso ajuda a alinhar objetivos e cria um ambiente colaborativo, minimizando conflitos.
Em muitas empresas familiares, a falta de um planejamento sucessório adequado leva a falências prematuras após a saída ou morte do fundador. Segundo estudos, apenas 12% das empresas familiares sobrevivem até a terceira geração e apenas 3% até a quarta. Esses números alarmantes destacam a importância de uma avaliação completa da situação atual da empresa e da família para assegurar a longevidade do negócio.
Entende-se que, a avaliação da situação atual da empresa e da família é indispensável no planejamento da sucessão. Ao realizar uma análise minuciosa da estrutura da empresa, das participações societárias e da organização interna, bem como ao considerar a dinâmica familiar, é possível identificar desafios e oportunidades, garantindo uma transição harmoniosa e sustentável para as futuras gerações. A falta de planejamento não só coloca em risco o legado construído ao longo dos anos, mas também a estabilidade financeira e emocional da família envolvida.